Uma campanha carinhosa e séria tem mostrado o quanto é importante a atenção do tutor com a saúde dos pets, e como alguns sinais são importantes para evitar perder o animalzinho para a doença que aterroriza também os humanos, o câncer. O Outubro Rosa Pet ainda é uma campanha tímida, mas já faz parte das vidas da empresária Alessandra Lazzarini, 41 anos, e a schnauzer Moah, 13 anos, depois da descoberta de um câncer de mama na mascote da família, em 2012.
“Num exame de rotina descobrimos nódulos nas mamas da Moah. Ela teve três gravidezes psicológica e produziu leite, o que pode ter contribuído. Não tínhamos escolha na época, ela teve que operar. Foram retiradas quatro mamas e a Moah passou por oito sessões de quimioterapia, uma por mês”, conta.
A empresária, que está grávida de seis meses dos gêmeos Artur e Pedro, diz que a falta de informação quase fez com que perdesse Moah, considerada a “filha” mais velha da família. “Nos desgastamos muito no período da quimio, sentimos mais que ela, além do medo de perdê-lá para essa doença. Hoje a Moah está bem e divulgo a campanha. Ela enfatiza a castração para evitar essas alterações hormonais, que podem desencadear o câncer, pois ela não era castrada. Minha forma de retribuir o amor que a Moah me dá é cuidando da saúde dela”, destaca.
Moah foi examinada na clínica Cão.Com, de Florianópolis, que há quatro anos participa do Outubro Rosa Pet e já prolongou a vida de muitos animais. O médico veterinário Luciano Granemann e Silva, membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina e proprietário da clínica, diz que o câncer mamário atinge cerca de 30% das gatas e 45% das cadelas. “A história da Moah é uma entre vários casos, pois assim como as mulheres, os pets também podem apresentar esse problema. A principal forma de prevenção do câncer de mama em cães e gatos é a castração, principalmente antes do primeiro cio”, explica.
Benefícios da castração superam possível efeitos colaterais
Para Luciano Granemann e Silva, os benefícios da castração superam os possíveis efeitos colaterais, raros e que se manifestam em apenas 1% a 2% dos animais, como aumento de peso, incontinência urinária e alopecia (queda de pelos). O “auto-exame”, ou apalpação de mamas, é outro importante método de prevenção. O veterinário recomenda que ele seja realizado não apenas pelos médicos-veterinários durante os exames clínicos, mas também pelos tutores. “Sugiro ao menos uma vez por mês. É fácil e muito eficiente. Para os pets que vêm tomar banho aqui, as profissionais já foram treinadas e fazem a inspeção”, garante.
Outro recurso muito utilizado é o ultrassom. Segundo a médica-veterinária Marieli Fiuza Krüger, especialista em ultrassonografia de pequenos animai, esse exame não tem contraindicação e ajuda a detectar neoplasias em fases iniciais. “Indico fazer um check-up pelo menos uma vez por ano e a cada seis meses após os 7 anos”, diz. Confira a notícia COMPLETA
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