Olá,
Com certeza você já ouviu falar da campanha Outubro Rosa, que visa à conscientização da população, especialmente das mulheres, em relação ao câncer de mama e aos cuidados preventivos que podem ser tomados para que o diagnóstico aconteça nas fases iniciais da doença.
A campanha teve início na década de 90, mesma época em que o símbolo da prevenção ao câncer de mama, o laço cor-de-rosa, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA). Desde então, a campanha é promovida anualmente em diversos países.
Segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos novos casos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é positivo. Por isso, é importante se prevenir!
Se, no momento do diagnóstico, o tumor tiver menos de um centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%, segundo pesquisa realizada pela Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença, por isso a detecção precoce é uma estratégia fundamental.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima dessa faixa etária, sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam o aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento.
Em 2016, foram diagnosticados 57.960 novos casos da doença no Brasil. Existem vários tipos de câncer de mama, e a maioria dos casos tem bom prognóstico. Em quatro das cinco regiões brasileiras, é o tipo mais comum entre as mulheres, sem considerar os tumores da pele não melanoma. A previsão da distribuição dos casos por região é a seguinte: 1.810 no Norte, 11.190 no Nordeste, 4.230 no Centro-Oeste, 29.760 no Sudeste e 10.970 no Sul.
A pedido da equipe do Gran Cursos Online Blog, o Dr. Carlos Marino, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, respondeu a 15 perguntas sobre o câncer de mama e o autoexame de mama e deu dicas e recomendações para as nossas alunas. Vale lembrar que, apesar de raro, o câncer de mama também ocorre em homens.
1) Qual a importância da realização do autoexame de mama?
Realizar o autoexame das mamas significa fazer a autopalpação e a observação das mamas sempre em busca de sinais que possam sugerir doença. A paciente deve realizar quando se sentir confortável (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do dia a dia). O autoexame permite a descoberta eventual de alterações mamárias. Nem sempre essas alterações configuram uma doença, mas trata-se de medida importante para alertar para a necessidade de buscar orientação de um profissional de saúde para avaliar a necessidade de investigação. É importante lembrar que o autoexame não é um método de rastreamento e não substitui a mamografia.
2) A partir de quantos anos a mulher deve realizar o autoexame das mamas?
Um dos objetivos do autoexame é que a mulher tenha conhecimento sobre as suas mamas, pois, caso surja alguma alteração ao longo do tempo, ela a perceberá com maior facilidade e procurará orientação mais precoce. A autopalpação e observação das mamas pode ser iniciada a partir dos 25 anos de idade.
3) No caso das mulheres com prótese de silicone, o autoexame é suficiente?
As usuárias de prótese de silicone podem e devem fazer mamografia, desde que estejam na faixa etária recomendada. O autoexame não serve para rastreamento e não substitui a mamografia.
4) Quando a mulher deve procurar o mastologista?
O mastologista é o profissional especialista em saúde mamária, responsável pela prevenção, investigação, tratamento e reparação das mais diversas anormalidades que acometem as mamas (benignas e malignas). A mulher deve procurar atendimento quando apresentar queixas clínicas relacionadas às mamas.
5) A partir de qual idade é aconselhável fazer mamografia?
Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura, podendo alcançar até 95%. Entretanto, no Brasil, a maioria dos casos são descobertos em estágio avançado. Sendo assim, a Sociedade Brasileira de Mastologia, o Colégio Brasileiro de Radiologia e a FEBRASGO recomendam mamografia anual a partir dos 40 anos de idade.
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