segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cajuína do Piauí em REDE NACIONAL

A cajuína produzida no Piauí deve ganhar certificado orgânico até o final deste ano. A iniciativa é do empresário Josenilto Lacerda Vasconcelos, de Parnaíba, com apoio do Sebrae estadual.Vasconcelos é um dos fruticultores do Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos do Piauí (Ditalpi), localizado a 318 quilômetros ao norte de Teresina. O distrito tem desenvolvido a agricultura orgânica, principalmente com o cultivo de acerola. O Ditalpi ainda produz frutas como coco, goiaba, melancia e caju.Há quatro anos, o agricultor produz cajuína, bebida que tem o suco do caju como principal ingrediente. Ele possui 21 hectares no Ditalpi, com 4,75 mil pés de caju plantados. Tudo começou há cerca de dois anos, quando o Sebrae publicou editais para que micro e pequenos empreendimentos iniciassem todo o processo de melhoria da qualidade de seus produtos por meio da certificação.A certificação está sendo feita pelo Instituto Biodinâmico (IBD), empresa brasileira que realiza o processo tanto no Brasil como em outros países da América Latina, Ásia e Europa. “Ter um orgânico é uma conquista para os produtores do setor e, principalmente para o mercado, pois o selo afirma que é um produto livre de qualquer agrotóxico, com qualidade comprovada”, afirma o superintendente do Sebrae/PI, Delano Rodrigues Rocha.De acordo com Vasconcelos, não houve muitas mudanças na produção da cajuína, pois ela já é uma bebida “quase orgânica”, mas algumas adequações foram necessárias para garantir a certificação. “Essas adequações não comprometeram o sabor da bebida, porém tivemos que trabalhar com a gelatina em pó, fazer um processo de enxágue do caju, e nossos funcionários receberam consultorias em boas práticas de higiene e limpeza, de fabricação e de uso adequado da energia, pois trabalhamos com caldeiras à lenha”, explica o produtor.A Cajuína Cristal, fabricada por Vasconcelos, é comercializada em toda a região norte do Piauí. O produtor conta que não consegue atender toda a demanda. “Já vendi minha produção de 2009, que foi de 80 mil garrafas. Este ano, pretendo chegar a 200 mil”, conta.


Fonte: Revistagloborural.com

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