terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

O que você precisa saber sobre o Transtorno de Ansiedade

 Transtorno de ansiedade
Quem nunca perdeu o sono semanas ou dias antes de um compromisso importante? Perdeu o apetite ou comeu mais que o normal antes de um evento esperado? Reações como estas, fazem parte de sintomas comuns de ansiedade, entretanto é preciso distinguir a ansiedade que todos nós sentimos frente a um acontecimento novo, da ansiedade que causa sofrimento e que muda negativamente a vida do indivíduo.
A ansiedade também é proteção, a medida que ficamos ansiosos calculamos melhor nossos passos. Autores defendem a ideia de que isso pode ser uma herança de nossos ancestrais os quais precisavam estar sempre em alerta contra os perigos e possíveis predadores. Herança ou não, estima-se que atualmente 9,3% da população brasileira sofre com algum tipo de distúrbio relacionado à ansiedade.
Quando a ansiedade passa a ser desproporcional a situação ocorrida ou que irá ocorrer, ela merece atenção. Pessoas ansiosas demais tendem a enxergar um acontecimento muito pior ou mais difícil do que ele de fato é. Medos irracionais relacionados a eventos que tem baixa probabilidade de ocorrer, também é uma característica comum do transtorno, os medos nunca são proporcionais aos fatos e a visão é sempre negativa.
O portador de ansiedade em excesso tem tendência a se achar incapaz de realizar determinados objetivos, este sentimento de incapacidade contribui para a baixa autoestima, desta forma abre-se uma porta para uma conhecida enfermidade, a depressão. Não necessariamente depressão e ansiedade andam juntas, mas uma pode contribuir para o surgimento da outra.
A insônia também é um sintoma, pessoas ansiosas demais tem o comportamento de pensar em suas aflições antes de dormir. Obviamente que comportamentos como este interferem no sono, se a ansiedade for referente a atividades que o indivíduo terá de cumprir no dia seguinte. Uma dica interessante é fazer uma lista antes de dormir com tudo que precisa ser feito, obtendo-se deste modo uma maior sensação de controle, visto que nada adiantará ficar remoendo-se por conta do dia que está por vir.
Para quem não tem problema com a escuridão, deixar o quarto totalmente escuro é uma alternativa válida, pois iluminação deixa nosso corpo em estado de alerta, atrapalhando uma boa noite de sono. As atividades físicas são bem vindas, e devem ser feitas num período de horas significativo antes do sono, do contrário pode colaborar ainda mais para a insônia. Vale lembrar que dicas como essas são paliativas e específicas, ou seja, aliviam naquele determinado momento, mas quem possui o transtorno precisa de ajuda profissional, pois ele possui bases muito mais profundas e singulares.
Uma dica geral, é concentrar-se no momento presente sempre que o sofrimento por situações futuras vierem de forma desproporcional, não se trata de ser pessimista ou otimista, mas sim realista. Para exercitar o pensamento realista é interessante questionar-se: Quais os recursos pessoais que possuo para lidar com as situações que me deixam ansioso (a)? Quais as pessoas com as quais posso contar? Quais são meus recursos externos? O pensamento deve sempre aproximar-se o máximo possível da realidade concreta.
Sintomas físicos são frequentes, o corpo pode manifestar-se através de suor excessivo, tremores, tensões musculares, diarreia, aumento da frequência cardíaca entre outros.
A ansiedade merece uma atenção especial quando passa de algo comum, para algo que gera sofrimento. O medo é um sinal típico do transtorno, e pode fazer com que a pessoa paralise-se diante dele.
O tratamento varia entre os casos, em determinadas situações, apenas o acompanhamento psicológico é suficiente. Já em outras, o tratamento precisa ser feito em conjunto com outros profissionais de saúde, podendo envolver ou não o uso de medicação.
Referências Bibliográficas

CABALLO, Vicente E. Manual de técnicas de terapia e modificação do comportamento. São Paulo, SP: Ed. Santos, 1999.
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008

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