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Dora
Rodrigues também falou sobre o investimento em livros universitários.
Ela percebeu que os universitários não compravam livros, apenas tiravam
xerox. Outros, faziam o pedido e não buscavam, alegando a demora. Pois
só precisariam do livro durante aquele semestre.
“A
Livraria teve um prejuízo muito grande nessa área, e desistimos de
investir em livros para o público universitário. Outro motivo foram as
atualizações nas edições dos livros, principalmente na área de Direito. E
a internet também trouxe a facilidade para quem deseja comprar”, disse
ela.
A
empresaria disse lamentar muito o fechamento da sua livraria, após
constatar que a cidade não tem a cultura de investir em bons livros.
Também
na Praça da Graça um outro local que expõe livros para vendas é a
conhecida “Banca do Louro”, de propriedade do comerciante Francisco
Sampaio. Lá são vendidos livros sobre vários assuntos, inclusive de
autores parnaibanos, mas também a procura é muito pequena segundo o
Louro. “A procura pelos livros dos autores locais só existe para
aqueles que descrevem fatos históricos, que são necessários para
pesquisas da faculdade”, diz o proprietário da banca.
A
única livraria que existe atualmente na cidade de Parnaíba, aberta
mais recentemente, é a Livraria e Papelaria Une Versos e Prosas, na
Avenida Pinheiro Machado. Lá fomos informados de que existe uma
boa procura por livros. Tais fatos soam meio contraditórios, numa
cidade considerada, “terra de intelectuais”, com uma Academia de
Letras; polo universitário, com uma população em torno de 15 mil
estudantes em cursos de graduação.
“É
que a leitura hoje deixou de ser prioridade, principalmente no mundo
virtual que vivemos. É mais rápido e mais cômodo fazer o CTRL C + CTRL
V, de uma página da internet”, disse um estudante, que preferiu não se
identificar.
Por:Camila Neto
Fonte: Jornal "Tribuna do Litoral"
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