quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Vigilância Epidemiológica informa: Janeiro é o mês escolhido pela OMS para estratégia global de combate a Hanseníase!



Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica e de grande importância para a saúde pública por apresentar-se ainda muito presente nos dias atuais com alto poder incapacitante. Causada pelo Mycobacterium leprae, um parasita intracelular obrigatório que apresenta afinidade por células cutâneas (pele) e por células dos nervos periféricos. Para fins de tratamento pode ser classificada em:
– Paucibacilar: de 1 a 5 lesões de pele (baixa carga de bacilos) e
– Multibacilar: > de 5 lesões de pele (alta carga de bacilos).

A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB) e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis e que convivam com ela por um longo período. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem, porque a maioria apresenta capacidade de defesa do organismo contra o bacilo.

O período de incubação em média é de 2 a 5 anos.

Sinais e sintomas

  • Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade;
  • Área de pele seca e com falta de suor;
  • Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas;
  • Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade;
  • Sensação de formigamento ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber.
  • Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés.
  • Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
  • Úlceras de pernas e pés.
  • Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
  • Febre, edemas e dor nas juntas.
  • Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz;
  • Ressecamento nos olhos;
  • Mal estar geral, emagrecimento;
  • Locais com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas.
  • Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.

O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. Em raros casos será necessário solicitar exames complementares para confirmação diagnóstica.

Segunda a Coordenadora de Vigilância em saúde Krishna Araripe “o exame clínico, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são as principais formas de interrupção da cadeia de transmissão da doença. Por ter um longo período de incubação e importante que o paciente e seus familiares sejam acompanhados.”

Portanto, se você apresentar esses sintomas procure a unidade de saúde mais próxima da sua residência, o tratamento é gratuito e a hanseníase tem cura!  
Fonte: PMP

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