Contrariando uma tradição brasileira, o presidente eleito Jair Bolsonaro decidiu pelo Chile, seguido dos Estados Unidos, como o primeiro país que visitará. Os últimos presidentes eleitos escolheram a Argentina, país como qual o Brasil está ligado pelo Mercosul e com o qual mantém intensa vinculação produtiva, como primeiro destino internacional.
A aposta no Chile foi confirmada nesta segunda-feira pelo deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM), futuro ministro da Casa Civil do futuro governo, à rede de televisão chilena 24 horas. “Depois de se recuperar da cirurgia, o presidente Bolsonaro vai primeiro para o Chile, depois aos Estados Unidos”, afirmou. “Este é um compromisso que o presidente (Bolsonaro) assumiu com o presidente (Sebastián) Piñera”, acrescentou Lorenzoni, referindo-se ao chefe de governo chileno, de linha conservadora.
A data dessa viagem ainda não foi definida. O anúncio de-se depois de o governo de Piñera ter admitido seu contato com a equipe de Bolsonaro antes do segundo turno, no domingo. Segundo o presidente chileno, os dois tiveram “uma longa, franca e muito útil conversa” por telefone.
“Claro que ele me confirmou que visitaria o Chile. Acredito que sua primeira viagem fora do Brasil será ao Chile e, depois, provavelmente aos Estados Unidos”, afirmou Piñera, consultado por jornalistas chilenos.
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