A fonte de geração de energia eólica
atingiu 12 gigawatts (GW) de capacidade acumulada no Brasil. O patamar
foi anunciado na abertura da 8ª edição do Brazil Windpower, o maior
evento de energia eólica da América Latina, que até quinta-feira (31),
vai reunir investidores e representantes do segmento, no centro do Rio
de Janeiro. O encontro é promovido pela Associação Brasileira de Energia
Eólica (ABEEólica), pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) e
pelo Grupo CanalEnergia.
Com a capacidade acumulada de 12GW, o
Brasil passou de 10º para a 9º lugar no ranking mundial dos principais
países geradores de energia eólica e ultrapassou a Itália. Do ano
passado para este houve um acréscimo de 2GW e o país ficou em quinto
lugar mundial em nova capacidade instalada.
No ano passado, o setor eólico investiu
US$ 5,4 bilhões. Para a presidente da ABEEólica, Elbia Gannoum, o setor
não chegou a ser afetado pela crise econômica porque a evolução se
baseia em decisões que tinham sido tomadas anteriormente. “O que está
acontecendo em 2017 foi, geralmente, decisão de 2014 e 2015. Em 2018, a
gente já vai sentir um pouquinho as decisões de 2015 e 2016. A expansão
de 2019, provavelmente, vai ser um pouco menor, só que, por outro lado, a
gente já vai estar com retomada. Então, no final das contas, a gente
sofreu o efeito da economia, mas foi reduzido pelo fato das decisões
serem anteriores”, disse.
Leilões
Elbia Gannoum disse que, com a retomada
dos leilões de geração no primeiro trimestre de 2018 para a oferta de
energia a partir de 2022, o setor vai novamente ganhar perspectivas de
investimentos. “A gente vai recuperar a curva de crescimento com esses
leilões, que segundo o governo serão razoáveis e, a partir de 2018, a
retomada em um ritmo mais acelerado”.
A energia eólica tem, atualmente, mais
de 450 parques instalados no país, No ano passado, abasteceu, por mês,
cerca de 18 milhões de residências, com aproximadamente 54 milhões de
habitantes. “Estamos com uma Belo Monte espalhada nos estados do
Nordeste e do Sul do país”, disse a presidente, em comparação com a
capacidade de produção de energia da usina hidrelétrica construída no
Pará.
Pelos cálculos da ABEEólica, levando em
consideração os projetos já assinados que estão com empreendimentos em
fase de construção ou contratados, até 2020, serão instalados mais 270
novos parques eólicos. Se isso se confirmar, serão mais 6 GW para o
sistema. Conforme as estimativas, a cada megawatt instalado, o segmento
cria 15 postos de trabalho. Até agora, no total acumulado há 180 mil
empregos diretos e indiretos.
Edição de Parnaíba no Mundo
Agência do Brasil
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