CIA: 'Vingança por morte de Bin Laden é quase certa'

"Bin Laden (arquivo)"

O diretor da agência de inteligência americana, a CIA, Leon Panetta, disse que é 'quase certo' que a rede extremista Al-Qaeda tente vingar a morte de Osama Bin Laden.

'Bin Laden está morto, mas a Al-Qaeda, não. Os terroristas quase certamente tentarão vingá-lo. E nós devemos - e iremos - continuar atentos e determinados', disse Panetta.

Mais cedo, militantes do Talebã e da Al-Qaeda no Paquistão disseram à BBC que a morte de Osama Bin Laden 'não vai ficar sem resposta'.

O porta-voz da principal facção paquistanesa do Talebã Ehsanullah Ehsan falou por telefone com a agência de notícias AFP.

'Se ele (Bin Laden) foi martirizado, nós vamos vingar sua morte e lançar ataques contra os governos americano e paquistanês e suas forças de segurança', disse ele.

'Essas pessoas são, na verdade, inimigos do Islã.'

'Se ele (Bin Laden) se tornou um mártir, é uma grande vitória para nós, porque o martírio é o objetivo de todos nós', disse Ehsan.

Bin Laden se mudou para o Afeganistão em 1996, de onde passou a comandar a Al-Qaeda com o apoio do Talebã, que controlava o país.

Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o governo americano ordenou que o Talebã entregasse Bin Laden ou entregasse o poder, o que resultou na invasão do Afeganistão por forças dos Estados Unidos.

Hamas

O movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, condenou o que chamou de 'assassinato' de Osama Bin Laden, apesar das relações ambivalentes entre o grupo e a Al-Qaeda.

O premiê do Hamas, Ismail Haniyah, chamou Bin Laden de 'guerreiro árabe sagrado' e disse que o assassinato é a continuação de uma política americana baseada na opressão.

No passado, o Hamas tentou, por vezes, se distanciar de Bin Laden temendo que a Al-Qaeda estivesse se apoderando da causa palestina de forma prejudicial ao movimento.

Já Bin Laden criticou o Hamas por participar de eleições democráticas nos territórios palestinos em 2006.

Recentemente, o Hamas enfrentou oposição em Gaza de grupos inspirados pela Al-Qaeda que acham que o grupo se tornou moderado demais.

Marcando as diferenças entre as facções palestinas, o Fatah, que controla a Cisjordânia, disse que a morte de Bin Laden é positiva para a causa da paz no mundo.