quinta-feira, 29 de maio de 2014

Ministério Público vai pedir explicações sobre administração da ACEP


O Ministério Público, através do Promotor Antônio Filgueiras, vai enviar ofício ao presidente da Associação Colegial dos Estudantes Parnaibanos (ACEP), João Batista Carvalho, a fim de que ele esclareça uma série de questionamentos que a ele foram feitos hoje, e que ficaram sem respostas. E vai também instalar um inquérito para saber, por exemplo, em que está sendo aplicado o dinheiro que entra na entidade, através da expedição de carteiras estudantis, e o porquê dele permanecer à frente da administração há mais de 10 anos, mesmo sem ser estudante conforme reza o estatuto, e nem estar frequentando devidamente as aulas. Sem falar no fato do presidente fazer de residência as instalações da ACEP.


O assunto foi o tema de uma audiência pública realizada hoje (29), na Câmara Municipal, a pedido dos vereadores André Neves e Ricardo Véras, após haverem recebido solicitação de estudantes do Liceu Parnaibano, à frente o presidente do Grêmio da Escola, Francisco Fabrício da Conceição. “Tivemos na ACEP há cerca de um mês buscando obter respostas, mas não obtivemos sucesso. Por isso a ideia da audiência. Esperamos que tenha sido o primeiro passo para se resolver a situação e buscar melhoras para a classe estudantil”, argumentou André Neves.

Participaram da audiência, além dos vereadores, o promotor de justiça Antenor Filgueiras, o presidente da ACEP, João Batista Carvalho, os ex-presidentes da entidade Francisco Jurity e Reginaldo Junior, o representante da OAB, Márcio Mourão, além de estudantes e outros convidados.

“Nossa intenção não é acusar ninguém, mas atender o pedido dos estudantes, que são um segmento da população, a fim de que sejam prestados esclarecimentos a respeito de um problema que afeta à classe”, comentou Ricardo Véras, diante de algumas colocação do Presidente da ACEP, que chegou a dizer que não sabia a razão de estar ali, uma vez que a entidade que dirige é autônoma e não cabia à Câmara interferir nestas questões.

“A Câmara é para defender os interesses da sociedade e o senhor não pode dizer que este Poder está interferindo num assunto que não lhe compete”, disse a vereadora e Presidente do Legislativo, Neta Castelo Branco, lembrando os vários problemas da população já discutidos em audiência pública e a partir das quais as soluções foram encontradas.


Os ex-presidentes Reginaldo Júnior e Francisco Jurity lembraram o quanto foi importante a entidade em épocas passadas, promovendo gincanas, olimpíadas e outros eventos, sendo que agora a entidade está esvaziada. “Deixamos a ACEP com 7 mil filiados nos anos 80. E de lá para cá o número de estudantes aumentou e diminuiu o número de sócios da entidade”, questionou Jurity, arrematando: “A ACEP hoje está mais a seu serviço do que a serviço da classe estudantil. Você se apossou da entidade”, disse Francisco Jurity dirigindo-se ao presidente atual do órgão.

O também ex-presidente Reginaldo Júnior lembrou que o ex-presidente Francisco Diniz, conhecido como “Digranja” ajudou a acabar com o patrimônio da ACEP, ao vender para o “Curso Visão”, um terreno da entidade para aplicar o dinheiro na compra de uma rádio pirata. E lamentou que o presidente atual negue-se a fornecer os documentos que lhe são solicitados pelos alunos que querem saber de como acontecem as eleições e porque atualmente só concorre para presidente o próprio João Batista em chapa única.

O representante da OAB, advogado Márcio Mourão, propôs a suspensão do atual estatuto, o afastamento do atual presidente e a convocação de eleições nos próximos 90 dias. Perguntou onde Joao Batista estudava para levantar judicialmente sua frequência. Não obteve resposta. “Foi muito positiva a audiência”, comentou o vereador André Neves, ao final.

Fonte: Ascom da Câmara Municipal

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