Reunião de policiais no Tribunal de Justiça
A patente de subtenente, por exemplo, terá um reajuste até 2015 de 111%, enquanto o coronel, receberá o menor reajuste, que será de 70%. O secretário estadual de Governo, Wilson Brandão, participou das negociações e diz que o reajuste será encaminhado amanhã para a Assembleia Legislativa.
O aumento foi levado aos representantes da categoria, que paralisou suas atividades desde há cerca de duas semanas, em reunião no Tribunal de Justiça, nesta quarta-feira (17), intermediada pelo presidente do TJ, desembargador Edvaldo Moura.
Segundo o coronel Rubens, o reajuste de quase 100% será dividido durante os anos de 2012 a 2015. Todas as demais patentes também receberão um reajuste, embora um pouco menor. “Já havia sido dado em maio um reajuste de 11,7%, que está acima da inflação, e este também será para todos. Mas faremos que aqueles que ganham menos tenham maior aumento”, acrescenta o secretário de Administração, Paulo Ivan.
A respeito da compra de equipamentos e fardamentos, outra reivindicação dos policiais, o comandante da PM explica que o Governo do Estado vem realizando processos de licitação desde janeiro e o material está sendo adquirido aos poucos. “O Governo entende as reivindicações dos militares e acha que são justas, mas os militares têm que entender que a volta deles às ruas é necessária”, declarou secretário Wilson Brandão.
O comandante da PM disse ainda que, embora o TJ tenha determinado a ilegalidade da greve, e ele próprio tenha solicitado a prisão de alguns manifestantes - seguindo o que determinam as normas da Polícia Militar -, não há, no momento, nenhum policial militar preso.
Já os militares reivindicam a anistia de todos os envolvidos que pudessem sofrer punições. “As anistias administrativas serão deliberadas pelo governador e anistia pelas prisões solicitadas só o TJ poderá deliberar”, explica.
Pontos
Um dos pontos discutidos foi a carga horária de trabalho. Atualmente, os policiais militares trabalham 24h e folgam 48h. A partir de setembro, será realizado por dois meses, em regime de experiência, um esquema no qual o PM trabalha 24h e folga 72h, tal qual o policial civil. O governo do Estado ainda deve realizar um estudo de viabilidade financeira e comparar com a forma da prática em outras unidades da federação. Os policiais que trabalham nas patrulhas continuarão com sua carga horária de 12h e folga de 36h.
A anistia disciplinar foi concedida, mas a anistia jurídica ainda deve ser definida no Tribunal de Justiça.
Por Carlos Lustosa
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