A cada salva de palmas que interrompia a fala do juiz Sérgio Moro, a iluminação do palco mudava para destacar ainda mais sua presença e alguns o aplaudiam de pé. Moro foi a principal atração em um disputado debate na manhã desta terça-feira (10) durante o 31º Fórum da Liberdade, em Porto Alegre. O magistrado foi acompanhado pelo ex-promotor Antonio Di Pietro, que conduziu a Operação Mãos Limpas, na Itália. A operação italiana inspirou os métodos da Lava Jato. O debate teve mediação de Eduardo Wolf.
O evento foi a primeira aparição pública de Moro após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último sábado. O juiz elogiou a decisão do STF de rejeitar o pedido de habeas corpus preventivo que evitaria a prisão de Lula enquanto ele recorre da condenação, já em segunda instância, a doze anos de prisão. Ele falou que a presunção de inocência, argumento da defesa de Lula, não pode ser “garantia de impunidade de poderosos”.
“Semana passada, o Supremo Tribunal Federal proferiu decisão muito importante. Eu me refiro aqui ao caso concreto, a questão específica do ex-presidente [Lula]. O que o Supremo estabeleceu foi mais uma vez o apego ao princípio de que a presunção de inocência não pode ser interpretado como equivalente à garantia de impunidade dos poderosos”, disse o magistrado à plateia, que estava lotada.
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