terça-feira, 24 de abril de 2018

Atropelamento em Toronto foi "ato deliberado", diz polícia do Canadá


O motorista da van que atropelou e matou 10 pessoas na segunda-feira (23), em Toronto, agiu de maneira deliberada, segundo o chefe da polícia local, Mark Saunders. O caso não é tratado pelas autoridades canadenses como um atentado terrorista, mas como um ataque isolado.
O autor do atropelamento, identificado como Alek Minassian, 25 anos, morador da periferia norte de Toronto, foi detido 26 minutos depois de provocar a tragédia. A polícia ainda não esclareceu suas motivações.
Ao menos 10 pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas depois que o suspeito atropelou uma multidão de pedestres na esquina da avenida Finch, no centro da cidade, com uma van alugada, às 13h27 do horário local (14h24 em Brasília). 
A maneira como o ataque foi perpetrado lembra os atropelamentos de Nova York, Barcelona, Londres, Nice, Paris, Berlim e Estocolmo, reivindicados pelo grupo Estado Islâmico. No entanto, as autoridades canadenses parecem descartar a pista terrorista até o momento.
O ministro da Segurança Pública, Ralph Goodale, escreveu em sua conta no Twitter que "não parece haver conexão de Segurança Nacional com o terrível evento", insinuando que o ato não teria caráter extremista.
Canadá também é alvo de terroristas
Assim como outros países, o Canadá tem sido alvo de ataques extremistas nos últimos anos, apesar de o número de vítimas ter sido menor. Em outubro passado, um homem esfaqueou um policial antes de atropelar e ferir quatro pedestres com uma van em Edmonton, no oeste do país.
Em março de 2016, um radical islamita canadense atacou dois soldados em um centro de recrutamento em Toronto.
Na província do Quebec, em outubro de 2014, um canadense atropelou dois militares em um estacionamento, matando um deles. Depois disso, o motorista foi morto pela polícia depois de tentar atacar agentes com uma faca. O atentado aconteceu dois dias antes do perpetrado no Parlamento de Ottawa, quando um homem de 23 anos morreu após disparar e matar um soldado.
Para o governo canandense, embora não pareça ter caráter terrorista, o incidente é grave. "A polícia ainda está investigando", declarou o ministro da Segurança Pública, Ralph Goodale.
"Nossos corações estão com todos os atingidos", acrescentou o primeiro-ministro, Justin Trudeau.
(Com informações da AFP
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