O ano de 2009 foi marcado pela força com que as chuvas se apresentaram. No Piauí, as enchentes foram devastadoras nas cidades de Teresina, Esperantina, Barras, Luís Correia, Campo Maior, Miguel Alves, Piracuruca, Joca Marques, Ilha Grande, Batalha, Cocal, Buriti dos Lopes e Parnaíba.
Perdoem-me os colegas flagelados, como eu, se omiti alguma cidade piauiense. Sim, engrossei os dados da Defesa Civil como parte das famílias que teve sua casa invadida pelo poder das águas. Curiosamente residia em um bairro parnaibano que num raio de dez quilômetros não tem qualquer tipo de rio, mar, lago, lagoa, cacimba, córrego, dique, barragem ou algo parecido e mesmo assim teve cerca de cem famílias atingidas pela enchente. Explico: o bairro Piauí considerado o mais populoso de Parnaíba foi criado pelo então prefeito da época Francisco de Assis Moraes Souza, o Mão Santa, que loteou toda aquela área onde havia apenas um grande matagal e não respeitou os pequenos lagos existentes ali, inclusive o maior deles onde hoje é o cruzamento das ruas Oeste, Carpina e Anhanguera.
Certamente em troca de votos (reza é que não era!), os terrenos ali foram dados ao povo, com o passar dos anos e o crescimento da cidade naquela direção, estes terrenos foram sendo revendidos, lá construídas casas e por sua vez a natureza respondeu à altura o desrespeito de outrora em forma de alagamento. Anos mais tarde, o sabido prefeito Moraes Souza Filho (sobrinho de Mão Santa e hoje deputado estadual) resolveu criar os famigerados piscinões do bairro Piauí, que nada mais são que sumidouros de água que contavam apenas com o poder de absorção da terra, o que não resolveu de muita coisa.
O prefeito seguinte, Paulo Eudes Carneiro (quer ser candidato no próximo pleito) realizou uma engenharia lusitana quando elevou nível das ruas no entorno da Osvaldo Cruz e de lá retirou o alagamento jogando o acúmulo de água para uma área vizinha que já era afetada pela enchente. Foi como trocar seis por meia dúzia.
Daí veio José Hamilton que fez comício na esquina do piscinão e prometeu em discurso eloqüente resolver o problema, isso foi nas eleições de 2004. De lá até o ano passado nada havia sido feito, até que o problema se agravou de vez e para o bairro Piauí foram enviados carros pipa que tentaram minimizar o problema até então protelado pelas autoridades. Seria negligente afirmar que isso não adiantou (como fez um vereador na época, magoado pela baixa votação que teve) apesar de não dar vencimento a água, se eles não tivessem lá por 24 horas durante mais de três meses o nível do alagamento teria chegado ao teto daquelas casas, porém o preço pago nesta operação foi bem mais alto do que se gastaria se um planejamento tivesse sido feito antes do pior acontecer.
Nos próximos dias, um projeto emergencial será colocado em prática para que no final do inverno, que já se apresentou, uma obra definitiva no valor de dez milhões seja realizada e acabe de uma vez por todas com tal quizila. Palavras já foram dadas, mas vale lembrar que ninguém até agora foi indenizado pelos sucessivos erros cometidos pelos administradores da Parnaíba. Entretanto, é preciso ficar atento a outros bairros que também sofrem com as enchentes e certamente se nada for feito, fará vítimas novamente (provavelmente as mesmas do ano passado). Vou apenas citar um exemplo: uma grande área que margeia o rio Igaraçu, tanto de um lado quanto do outro, foi alagada por falhas no dique de proteção do rio e até o final deste texto nada foi feito para sanar o problema. As chuvas já começaram a cair em Parnaíba, se isso era o que faltava para relembrar o flagelo vivido em 2009 é bom arregaçarem as mangas e começarem o serviço.
Perdoem-me os colegas flagelados, como eu, se omiti alguma cidade piauiense. Sim, engrossei os dados da Defesa Civil como parte das famílias que teve sua casa invadida pelo poder das águas. Curiosamente residia em um bairro parnaibano que num raio de dez quilômetros não tem qualquer tipo de rio, mar, lago, lagoa, cacimba, córrego, dique, barragem ou algo parecido e mesmo assim teve cerca de cem famílias atingidas pela enchente. Explico: o bairro Piauí considerado o mais populoso de Parnaíba foi criado pelo então prefeito da época Francisco de Assis Moraes Souza, o Mão Santa, que loteou toda aquela área onde havia apenas um grande matagal e não respeitou os pequenos lagos existentes ali, inclusive o maior deles onde hoje é o cruzamento das ruas Oeste, Carpina e Anhanguera.
Certamente em troca de votos (reza é que não era!), os terrenos ali foram dados ao povo, com o passar dos anos e o crescimento da cidade naquela direção, estes terrenos foram sendo revendidos, lá construídas casas e por sua vez a natureza respondeu à altura o desrespeito de outrora em forma de alagamento. Anos mais tarde, o sabido prefeito Moraes Souza Filho (sobrinho de Mão Santa e hoje deputado estadual) resolveu criar os famigerados piscinões do bairro Piauí, que nada mais são que sumidouros de água que contavam apenas com o poder de absorção da terra, o que não resolveu de muita coisa.
O prefeito seguinte, Paulo Eudes Carneiro (quer ser candidato no próximo pleito) realizou uma engenharia lusitana quando elevou nível das ruas no entorno da Osvaldo Cruz e de lá retirou o alagamento jogando o acúmulo de água para uma área vizinha que já era afetada pela enchente. Foi como trocar seis por meia dúzia.
Daí veio José Hamilton que fez comício na esquina do piscinão e prometeu em discurso eloqüente resolver o problema, isso foi nas eleições de 2004. De lá até o ano passado nada havia sido feito, até que o problema se agravou de vez e para o bairro Piauí foram enviados carros pipa que tentaram minimizar o problema até então protelado pelas autoridades. Seria negligente afirmar que isso não adiantou (como fez um vereador na época, magoado pela baixa votação que teve) apesar de não dar vencimento a água, se eles não tivessem lá por 24 horas durante mais de três meses o nível do alagamento teria chegado ao teto daquelas casas, porém o preço pago nesta operação foi bem mais alto do que se gastaria se um planejamento tivesse sido feito antes do pior acontecer.
Nos próximos dias, um projeto emergencial será colocado em prática para que no final do inverno, que já se apresentou, uma obra definitiva no valor de dez milhões seja realizada e acabe de uma vez por todas com tal quizila. Palavras já foram dadas, mas vale lembrar que ninguém até agora foi indenizado pelos sucessivos erros cometidos pelos administradores da Parnaíba. Entretanto, é preciso ficar atento a outros bairros que também sofrem com as enchentes e certamente se nada for feito, fará vítimas novamente (provavelmente as mesmas do ano passado). Vou apenas citar um exemplo: uma grande área que margeia o rio Igaraçu, tanto de um lado quanto do outro, foi alagada por falhas no dique de proteção do rio e até o final deste texto nada foi feito para sanar o problema. As chuvas já começaram a cair em Parnaíba, se isso era o que faltava para relembrar o flagelo vivido em 2009 é bom arregaçarem as mangas e começarem o serviço.
Francisco Brandão
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