sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Cadela morre devido a intenso calor em São Gonçalo; saiba como prevenir a hipertermia

Uma cadela da raça beagle não resistiu às altas temperaturas que estão marcando este verão no estado do Rio. Segundo seu dono, Bruno de Carvalho, de 21 anos, Nina morreu de hipertermia, condição que ocorre quando há uma elevação da temperatura do corpo, na última segunda-feira, no bairro Trindade, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
A cadela Nina não resistiu ao intenso calor
O estudante contou que a cadela começou a ficar ofegante no período da tarde, deixou a língua para fora e morreu em cerca de meia hora, por volta das 16h. Segundo ele, não foi a primeira vez que o cão passou mal por causa do calor. Pelo contrário, o jovem descreveu a situação como algo recorrente quando chega o verão.
— Como de certa forma não era uma novidade, já tínhamos algumas manhas para tentar refrescá-la. Pegamos bolsas de gelo e colocamos no pescoço dela e molhamos toalhas para cobri-la. Um veterinário já tinha recomendado que dessa forma a gente conseguia refrescar a cachorra. Dessa vez a língua ficou roxa, não conseguia ficar em pé. Tudo ocorreu em cerca de meia hora até ela dar o último suspiro e morrer. Não deu nem tempo de levar ao veterinário — relatou Bruno.
Para o veterinário Eduardo Canpagnuci, da clínica Veterinária Chavão, também em São Gonçalo, é fundamental que os donos fiquem atentos às formas de prevenção desse tipo de acometimento nessa época do ano. Ele recomenda que os animais fiquem em locais arejados, com ventilador e água à vontade. Caso os primeiros sintomas de hipertermia apareçam, como respiração ofegante com a língua para fora e prostração, sem conseguir levantar, é necessário buscar ajuda profissional urgentemente.
— Colocar um pano úmido sobre o cão até ajuda, mas não resolve. Pode ser uma medida a ser feita no início, mas é preciso ficar atento a qualquer mudança no animal — ressaltou.

Verão mais quente que o anterior

A temporada atual do verão tem quebrado recordes. No último dia 3, o Rio registrou o dia mais quente desde outubro de 2015, atingindo a temperatura máxima de 41,2 graus.
Um sistema de alta pressão criou uma espécia de muro em torno do Rio, que impede o avanço das frentes frias vindas do sul do país. O resultado é que o ar fica seco, há diminuição da nebulosidade e, consequentemente, redução das chuvas. Este é apenas um dos fatores que faz com que a população enfrente, até então, um verão bem mais quente que no mesmo período do ano passado. Para o próximo fim de semana, porém, é possível que se tenha pancadas de chuva no fim da tarde e a noite.
Para complementar, o El Niño - fenômeno climático de caráter atmosférico-oceânico, em que ocorre o aquecimento fora do normal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico Equatorial - já estaria agindo, segundo a meteorologista do Climatempo, Graziela Gonçalves. Segundo ela, as notícias não são animadoras para quem não gosta das temperaturas altas: há a tendência delas ficarem ainda mais altas.

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