quinta-feira, 8 de março de 2018

Universidade Federal do Piauí implanta banheiro 'unissex' e gera debate

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) já possui o seu primeiro banheiro unissex da instituição de ensino. A ideia, presente em várias instituições públicas do país, gerou debate nos corredores.
O professor Luiz Carlos, diretor do CCE (Centro de Ciências da Educação), disse em entrevista ao 180graus que o local vem para atender uma demanda específica. “Nos entendemos que podíamos destinar um banheiro para esse público, onde as pessoas que se sentirem preparadas, no sentido de achar que não existe problema nenhum poderiam usá-lo. Mas é claro que existem outras alternativas e essa é somente uma”, explica.



Professor Luiz Carlos, diretor do CCE
Professor Luiz Carlos, diretor do CCE     Foto: Maelson Ventura
Ele conta que alguns alunos não se sentiam bem usando os banheiros convencionais e que por isso, o unissex foi criado. Luiz Carlos afirma que o local também vem para intensificar o tema da inclusão e esclarece que outros não serão criados.



    Foto: Maelson Ventura
A ideia, contudo, não deixou todos da instituição contentes. O estudante de Filosofia José Ribas afirma ser contra a criação do banheiro.
“Está não é uma questão da pessoa ser transexual ou não, mas sim duas questões básicas. A primeira porque os banheiros da universidade tem inúmeros riscos de violência e as mulheres reclamam muito disso e quando você abre margem para isso, você deixa pessoas com maledicência sexual agirem. Segundo, não se pode normalizar um transtorno, a disforia de gênero, um transtorno psicológico, e quando você cria um banheiro desses, você acaba normalizando isso”, sustenta.



José Ribas, aluno da UFPI
José Ribas, aluno da UFPI    Foto: Maelson Ventura
Para ele, o fato de criar o banheiro unissex, acaba tendo o processo reverso de inclusão, segmentando ainda mais esse grupo. José Ribas disse também que colocou um cartaz na porta do local, mostrando sua indignação com a situação, mas logo foi arrancado.



    Foto: Divulgação
A aluna Suelen Cristina, estudante de Pedagogia, também não aprovou a criação do banheiro, principalmente por conta da sua religião e diz temer pela segurança das mulheres que possam utiliza-lo.
Já o aluno Joseph Oliveira, estudante de Comunicação Social, vê a criação de uma forma mais neutra, ele acredita que se existe o banheiro é porque houve uma demanda. “Certamente devem existir as pessoas que são contempladas e certamente terão pessoas de visão positivas e negativas sobre o caso”.(Maelson Ventura)

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