O promotor de Justiça, Cristiano Peixoto, que está respondendo interinamente pela 1ª Promotoria de Justiça de defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, em Parnaíba, ratificou ontem as críticas feitas à Agespisa, pela secretária municipal de infraestrutura, Maria das Graças Nunes, durante audiência pública promovida no auditório da prefeitura, para discutir soluções para a buraqueira que a estatal promove nas ruas da cidade sem assumir a responsabilidade pelos problemas causados.
Ele disse que aquela promotoria também tem recebido inúmeras reclamações sobre os buracos que surgem a partir de obras que a Agespisa começa, sem data para acabar. “Cansei de mandar ofício para a empresa, que dizia ser responsabilidade da construtora, que por sua vez não assumia responsabilidade alguma. A construtora não põe placa nas obras e o munícipe pensa ser da prefeitura. Enquanto isso a Agespisa faz ouvido de mercador, como se não fosse responsabilidade dela”, disse o promotor, parabenizando a prefeitura pela iniciativa da Audiência Pública. “É a primeira vez que estou vendo esta iniciativa partindo do município”, frisou.
Para a secretária Maria das Graças Nunes, a Agespisa não se responsabiliza por nada. Arrecada muito no município e presta um serviço da pior qualidade. “Não somos atendidos em nada pela Agespisa. Os responsáveis pela empresa na cidade não têm nenhuma autonomia. A prefeitura gasta muito, sem poder e sem arrecadar, fazendo o trabalho que é da Agespisa. O Governo do Estado se omite, embora seja em Parnaíba onde a empresa mais arrecada e não tem retorno. O parnaibano não pode mais ficar à mercê disso. E é até vergonhoso a Agespisa dizer que não tem dinheiro”, enfatizou a secretária.
A audiência pública foi promovida pela ASERPA – Agência Parnaibana de Regulação de Serviços Públicos, que foi criada no início da gestão passada e nunca cumpriu as funções que lhe compete, dentre elas, tratar das relações entre usuários e os concedidos do Serviço Público, incluindo: transporte coletivo urbano de passageiros, coleta de resíduos sólidos, iluminação pública, limpeza pública, e saneamento básico.
Para a secretária Maria das Graças, a Aserpa tem que exigir da Agespisa o cumprimento de suas obrigações, inclusive dando celeridade às suas obras, aplicando adequadamente aqui o dinheiro que arrecada dos consumidores do município.
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