Dois ingleses no Piauí
Datava de 1814 quando o Brasil ainda não era nação independente a existência da Matriz da Casa Inglesa, em Liverpool, Inglaterra. Em 15 de maio de 1849, a empresa inglesa estabeleceu a sua filial como firma autônoma dando a seus principais colaboradores a gerência dos seus negócios. Passou, então, a CASA INGLESA, a girar sob a razão social de Andrew Miller & Cia., a qual teve, posteriormente, como chefe, Paul Robert Singlehurst que, em todo o Piauí, ficou conhecido como “Paulo Inglês”. 15 de maio de 1849 ficou sendo, por isso, a data oficial da fundação da CASA INGLESA.
Vinte anos depois, em 1869, chegava à Parnaíba, desembarcando do navio “Enterprise”, da Red Cross Line, no porto de Fortaleza, Ceará, um jovem inglêys de 15 anos, chamado JAMES FREDERICK CLARK. Trazia um contrato de aprendizagem de cinco anos, assinado em Liverpool, com a loja do “Paulo Inglês”. No coração, trazia a esperança. Jamais teria pensado aquele meninote de 15 anos que o Brasil seria a sua segunda Pátria e que, um dia, o Piauí lhe erigiria, em praça pública uma estátua de agradecimento.
“Paulo Inglês” foi para o jovem Clark o mestre e o amigo e nele encontrou o auxiliar inteligente e prestimoso, o trabalhador incansável e autêntico realizador. Em 1884, já sócio da CASA INGLESA, JAMES FREDERICK CLARK casava, em Parnaíba, com dona ANA GONÇALVES CASTELLO BRANCO e, assim, se fixou definitivamente no Brasil. A Inglaterra perdera um inglês. O Brasil ganhara um piauiense.
A partir de 1.º de janeiro de 1900, a CASA INGLESA passou a girar sob a firma individual JAMES FREDERICK CLARK e, desde 1946, quando foi transformada em sociedade anônima, denomina-se ESTABELECIMENTOS JAMES FREDERICK CLARK S.A.
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