Não podemos parar. É mais sensato proteger os grupos de risco
Os empresários brasileiros têm um grande desafio: manter suas empresas e empregados diante da eventual crise que se aproxima. Em nenhum momento da história defendemos tanto a união do poder público e privado para restabelecermos a economia e evitar que milhares de pessoas percam seus empregos.
O presidente Bolsonaro fez um pronunciamento correto para o momento atual. O presidente da nação tem que levar ao povo mensagem sincera de otimismo e não de derrotismo. Ele e sua equipe estão adotando todas as providências para o combate à pandemia, mas não pode esquecer que o Brasil e os brasileiros têm que ser reativados. Portanto, o presidente tem que preparar o país para voltar às suas atividades econômicas a partir de 13 de abril, incentivando às empresas (para manterem os empregos, a produção e distribuição). Se não for feito isso o mais rápido possível, teremos um agravamento no número de pessoas morrendo por desnutrição, e, em consequência disso, de muitas outras doenças.
É mais sensato proteger os grupos de riscos – que representam 1,5% da população em detrimento dos 98,5%. Focar na distribuição de medicamentos (que comprovadamente combatem o COVID 19), equipar hospitais e abrir leitos para quem necessitar deles. Mudar o conceito de socialização, melhorar a higiene pessoal.
Precisamos mudar o paradigma: a economia não pode parar. Temos que garantir que a nossa economia não seja mais prejudicada com essa pandemia. E para isso precisamos retornar as nossas atividades, com segurança para nossos trabalhadores e para a população.
O momento é difícil para todos. Necessitamos focar nossos esforços na saúde pública, na recuperação da economia e para que as mudanças aconteçam precisamos da colaboração de todos. Precisamos avançar nas reformas em discussão no Congresso Nacional. Precisamos seguir exemplos de países como os Estados Unidos que concederam incentivos para evitar demissões em massa, além de programas de incentivo à população.
As reformas são urgentes. É imprudente esperar. Temos que agir com firmeza para que as empresas mantenham suas atividades, na medida do possível, de forma responsável e continuarmos no processo de recuperação da nossa economia. O momento não permite jogos políticos, anseios pelo poder, vaidades pessoais nem ideologias. Precisamos contar com a participação de todos.
Teresina, 25 de março de 2020.
Valdeci Cavalcante
Presidente da Fecomércio Sesc Senac-PI
Ana Cláudia Coelho
Jornalista
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