Desde a sua convocação para depor, a presença da deputada federal e ex-líder do governo Joice Hasselmann (PSL-SP) na CPI das Fake News foi cercada de expectativas. Recém-rompida com o Planalto na briga que culminou com a saída de Jair Bolsonaro do PSL, ela prometia detalhar o funcionamento de um suposto mecanismo de distribuição de notícias falsas a partir do núcleo próximo ao presidente da República.
A deputados e senadores, Joice disse existir um esquema de “organização criminosa” articulado na internet a favor de Bolsonaro desde o início da sua campanha. “Há, infelizmente, dinheiro público por trás dos ataques virtuais [da direita]”, afirmou a parlamentar durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das fake news, nesta quarta-feira, 4.
Ela também afirmou que o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) tentou montar uma “Abin paralela” no governo. Joice referia-se à Agência Brasileira de Inteligência, órgão de Estado que tem a função de monitorar e investigar possíveis ameaças à segurança nacional. Segundo Joice, a tentativa de Carlos de montar uma espécie de serviço secreto paralelo provocou uma crise entre o filho Zero Dois do presidente da República e membros do Palácio do Planalto, que discordaram da proposta, entre eles, o ex-ministro Gustavo Bebianno, que coordenou a campanha de Bolsonaro e foi demitido logo no início do mandato.
A sessão também aprofundou e expôs o racha que existe na bancada do PSL, entre deputados que devem seguir Bolsonaro em seu novo partido, o Aliança pelo Brasil, e aqueles que se mantém fieis a Luciano Bivar, presidente da legenda. Antigas aliadas, Joice e Carla Zambelli trocaram ofensas. O deputado Alexandre Frota levou um bolo para “comemorar” o aniversário da revelação do caso Queiroz – referência a Fabricio Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual no Rio – e foi atacado por usar uma prótese peniana. VEJA MAIS
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